Deixemos desfilar os exemplos:
A narrativa seguinte é feita pelo Dr. Franz Hartmann: "Certo militar deixara o serviço militar havia pouco. Estava na cama quando se viu em pé, no meio do quarto; pôs-se a examinar o corpo estendido sob as cobertas. A situação pareceu-lhe bizarra, tanto mais quanto nunca ouvira falar de fato semelhante.
“Com o fim de fiscalizar a sua mentalidade começou a dar voltas no quarto e a observar o que nele se continha. Na sua escrivaninha estava um livro aberto; entrou a lê-lo, mas quando quis voltar a página não o conseguiu. Chegou à janela, olhou para a rua, observou as chamas trémulas do gás. Convenceu-se que observava tudo de forma normal.
“Repentinamente veio-lhe ao espírito que podia estar morto quis verificar se era possível atravessar a parede. Tentou-o, e instantaneamente achou-se no compartimento vizinho, onde viu um companheiro assentado a uma mesa e pronto a desenhar; fez o possível para chamar-lhe a atenção, mas foi tudo inútil. Voltou para o quarto e lá estava o seu corpo estendido, inerte, na cama.
“Pensou então em sair para o ar livre, através da janela fechada, e dirigiu-se à estação onde observou o movimento dos trens e dos viajantes. Notando ao longe um túnel, para lá se dirigiu, entrou e verificou os trabalhadores que aí estavam. Nunca nele tinha penetrado e ignorava até sua existência.
“Voltando ao quarto viu o criado abrir a porta, entrar, farejar o ar, precipitar-se para a cama, sacudir-lhe vivamente o corpo, enquanto ele assistia à operação ao lado deste. Depois do que, o criado correu a abrir a janela.
“Uma corrente de ar frio, súbito, despertou o lugar-tenente que logo perguntou à ordenança o que havia acontecido. Soube por ele que o ar estava saturado de gás carbónico e que ele havia sido considerado como morto por asfixia.
“No dia seguinte o militar foi ao túnel, que visitara durante sua exteriorização, e encontrou tudo como tinha visto. *Quanto ao locatário vizinho, disse-lhe este que estivera ocupado em desenhar, exatamente como o vira o lugar-tenente”. (89)
(89) Dr. Franz Hartmann. Occult Reviw. 1908. Pág. 159
Autor: Carlos Imbassahy
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