Por Philip Pullella
ROMA (Reuters) - Um cientista italiano afirma ter reproduzido o Santo Sudário, um feito que, segundo ele, prova definitivamente que o linho reverenciado por alguns cristãos como a roupa de enterro de Jesus Cristo é uma farsa medieval.
A coberta carrega a imagem, estranhamente invertida como um negativo fotográfico, de um homem crucificado que alguns acreditam ser Cristo.
"Mostramos que é possível reproduzir algo que tem as mesmas características do Sudário", disse nesta segunda-feira Luigi Garlaschelli, que deve ilustrar os resultados em conferência sobre o paranormal neste fim de semana no norte da Itália.
Professor de química orgânica da Universidade de Pavia, Garlaschelli mostrou à Reuters o papel que ele entregará e as fotografias que acompanham a comparação.
O Santo Sudário mostra a frente e as costas de um homem barbudo com um cabelo comprido, com braços cruzados no peito, enquanto a roupa inteira é marcada pelo que parecem ser filetes de sangue de ferimentos nos pulsos, pés e lados.
Testes de data por carbono feitos por laboratórios em Oxford, Zurique e Tucson, Arizona em 1998 causaram sensação por datarem o sudário entre 1260 e 1390. Os céticos disseram que era um trote, possivelmente para atrair o rentável negócio da peregrinação medieval.
Mas cientistas se encontram, até agora, perdidos em explicar como a imagem foi deixada na roupa.
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