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Exclusivo VEJA.com | Finanças

Brasileiros trocam dívidas velhas por novas

21 de dezembro de 2009

Por Luiz De França

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Consumidores movimentam comércio da Rua 25 de março, região central da cidade de São Paulo (Foto: AE)

Com o 13º salário em mãos, gratificações, férias e outros recursos extras de fim de ano, o brasileiro está quitando dívidas antigas para fazer novas. Conforme os representantes das instituições financeiras ouvidos por VEJA.com, os consumidores que estão pagando as obrigações pendentes já voltaram às compras graças a novos empréstimos e parcelamentos. "Comparando as duas primeiras semanas de dezembro com as de novembro, tivemos um crescimento de 40% nas vendas de crédito", diz Hilgo Goncalves, executivo-chefe da Losango. Na comparação com dezembro de 2008, a alta é de 10%.

Segundo Ricardo Flores, vice-presidente de crédito e controle do Banco do Brasil (BB), o carro-chefe da concessão de recursos à pessoa física é o crédito consignado, que em setembro tinha uma carteira de 34 bilhões de reais. "Essa modalidade responde pela menor inadimplência do banco", diz, sem revelar números.

Ele acrescenta que, normalmente, dezembro é um mês em que a retomada dos pagamentos cresce entre 25% e 30% em relação à média do ano. "E este mês não deverá fugir à regra", prevê.

Alerta - Como lembra Marcelo Malanga, superintendente executivo de recuperação de crédito do Grupo Santander Brasil, os créditos rotativos como cartão de crédito e cheque especial são os primeiros a darem sinais de alerta de endividamento. "Quando isso acontece, a saída muitas vezes é a aquisição de um crédito parcelado para sanar o problema". Segundo Malanga, 15% a 20% dos clientes que tinham atrasos constantes regularizaram sua situação.

De acordo com Roberto Alfeu, presidente do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) Brasil e do Clube de Diretores Lojistas de Belo Horizonte, 80% das transações comerciais no país são feitas a prazo. "São quase dez milhões de pessoas entrando no nosso banco de dados todo mês e outros 9,5 milhões saindo", avalia. Ainda segundo ele, quase 40% dos consumidores incluídos na lista conseguem limpar o nome após 13 dias da notificação.

Na cidade de São Paulo, a inadimplência teve alta de 6 pontos porcentuais entre novembro e dezembro, passando de 14% para 20%, segundo dados da Federação do Comércio (Fecomercio). De acordo com Alfeu, esse tipo de comportamento já era esperado. "Esse número volta a cair com a entrada da segunda parcela do 13º salário e outros recursos extras", afirma.

Orientações – Para quem ainda não gastou o dinheiro extra de fim de ano e ainda pensa em fazer mais compras, Ioni Amorim, economista do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (IDEC), aconselha liquidar as pendências antes de envolver-se em novas dívidas. "Dependendo da perspectiva de renda, é preferível nem comprar."

A prioridade, segundo Ione, é pagar cartão de crédito e cheque especial. "A lógica é simples: geralmente, a taxa de juros desses produtos é muito maior do que a taxa de remuneração que o recurso aplicado possa render."

Saiba como usar bem o seu 13º salário

Visão Espírita sobre o assunto. Livro dos Espíritos

 

926. Criando novas necessidades, a civilização não constitui uma fonte de novas aflições?
          “Os males deste mundo estão na razão das necessidades factícias que vós criais. A muitos desenganos se poupa nesta vida aquele que sabe restringir seus desejos e olha sem inveja para o que esteja acima de si. O que menos necessidades tem, esse o mais rico.
          “Invejais os gozos dos que vos parecem os felizes do mundo. Sabeis, porventura, o que lhes está reservado? Se os seus gozos são todos pessoais, pertencem eles ao número dos egoístas: o reverso então virá. Deveis, de preferência, lastimá-los. Deus algumas vezes permite que o mau prospere, mas a sua felicidade não é de causar inveja, porque com lágrimas amargas a pagará. Quando um justo é infeliz, isso representa uma prova que lhe será levada em conta, se a suportar com coragem. Lembrai-vos destas palavras de Jesus: Bem-aventurados os que sofrem, pois que serão consolados.”
Autor: Luiz de França
Fonte: Veja.com
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