Chico e Emmanuel
Caso nº 114 - Páginas 71, 72 e 73.
"Lembro-me de um acontecimento que considero por vitória da fé.
Em 1928, as nossas necessidades de recursos materiais eram prementes e não víamos como solucionar o problema senão esperando pela misericórdia de Deus.
A situação era essa, quando, numa noite de preces, uma jovem tuberculosa nos procurou, rogando auxílio. Estava abatida e ofegante. Falou-nos das hemoptises que já sofrerá. Pedia uma orientação do Dr. Bezerra de Menezes, que, nesse tempo, já nos estendia a caridade da sua atenção. Dr. Bezerra veio até nós e recomendou à moça diversas providências que lhe auxiliariam a cura. E, terminadas as instruções dele, disse, escrevendo por nossas mãos: "Filha, procure fazer o que lhe peço tomando a presente orientação por 30 dias seguidos." A jovem chorou e disse que não dispunha de dinheiro algum para atender aos conselhos recebidos. Por outro lado, muito me comoví, porque eu também não possuía os recursos necessários. Disse a ela que tivesse confiança, porque os recursos apareceríam.
Depois de um mês, a mesma jovem voltou às nossas preces, plenamente revigorada! Perdera o abatimento. Trazia a face rosada. Fui impelido a perguntar-lhe se havia obtido os recursos que nem ela e nem eu possuíamos, 30 dias antes. Sorrindo, ela me disse: "Chico, o Dr. Bezerra me aconselhou a usar as instruções dele por 30 dias. Não tendo o dinheiro, cortei o papel da orientação em 30 pedacinhos e, cada manhã, eu fazia uma prece, pedindo o amparo de Jesus, e engolia um dos pedacinhos com água de nossa casa. Ao fim dos 30 dias, bebi a receita do Dr.Bezerra, e o próprio médico que me tratou a princípio, já declarou que estou perfeitamente restabelecida..."
Caso nº 157 - Páginas 97, 98 e 99.
"Nós temos a impressão de que a lembrança do nosso querido Prof. Erú se subordina mais à vontade dele, porque o ensinamento que o nosso Emmanuel vem transmitindo já há mais de 30 anos por nosso intermédio, é ensinamento que nós também temos recebido dos nossos companheiros da Argentina, no sentido de fazermos da Doutrina Espírita a nossa escola e a nossa oficina de trabalho por um mundo melhor, e que, naturalmente, destacou o pensamento do nosso Emmanuel que nos recomenda transformar todo o nosso conhecimento e todo o nosso êxtase diante das revelações do Mundo Espiritual, em trabalho de reforma íntima e em trabalho de fraternidade humana, porque o nosso Benfeitor Espiritual é de opinião que o conhecimento espírita cristão é o maior depósito de luz e de possibilidades que uma criatura consciente pode receber na Terra ? a nossa residência temporária. De modo que não é compreensível que tenhamos este tesouro para que este tesouro esteja dormindo em nosso coração em forma de esperança ineficiente, em forma de crença estagnada, em forma de alegria egoística. De modo que o nosso Amigo Espiritual é de opinião que o conhecimento espírita vem até nós para ser produzido em trabalho de regeneração humana, de educação, de caridade, de alegria para os nossos semelhantes, de construções espirituais cada vez mais altas por um mundo melhor, por uma humanidade melhor a fim de que nós estejamos em dia com o Plano Superior, porque não é compreensível que Nosso Senhor Jesus Cristo tenha aberto para nós uma nova era e lá seguindo-se de Allan Kardec, que veio dilatar cada vez mais essas portas de revelação para que nós estejamos descansando, convertendo um tesouro como este num motivo de beneficiar materialmente nós mesmos, cada vez mais, com esquecimento de que o mundo é a criação de Deus. Agora que essa Criação de Deus ainda não está terminada, e, naturalmente que assim como veio Jesus, como veio Kardec, cada espírita também veio trabalhar para que essa criação seja terminada em favor da felicidade de nós todos. Estou transmitindo, mas é o pensamento de nosso Emmanuel. É o pensamento de nosso Amigo Espiritual, Instrutor de sempre, porque realmente em me dirigindo aos nossos companheiros da Argentina, que prezamos e respeitamos tanto, nós não temos autoridade para falar como quem ensina e sim para falar como quem agradece muito, como quem admira muito, pedindo a todos os companheiros uma prece em nosso favor.?
Autor: Carlos A. Baccelli
Fonte: Chico e Emmannuel