Alcoolismo - Lei Seca
Pílula da sobriedade
Cientistas israelenses criam medicamento que anula efeitos do álcool
Publicada em 07/11/2009 às 18h20m
O Globo
RIO - Para os apreciadores do chope pós-expediente ou da cerveja de fim de semana com os amigos, o medo do bafômetro pode estar com os dias contados. Numa descoberta que pode se transformar na maior aliada da Lei Seca no combate a acidentes de trânsito, cientistas israelenses anunciaram esta semana a criação da "pílula da sobriedade", um medicamento feito à base de vitamina B6 capaz de impedir os efeitos do consumo de álcool nas atividades motoras e cognitivas. É o que mostra a reportagem de Renata Malkes para O Globo deste domingo.
Apesar de estar ainda em caráter experimental, os primeiros resultados dos testes da droga mostram que, mesmo após a ingestão de bebidas alcoólicas, os pacientes não apresentaram sintomas de embriaguez, e ainda tiveram melhoras nos reflexos e na capacidade motora.
Desenvolvida por uma equipe das unidades de gastroenterologia e psiquiatria do Hospital Universitário Hadassah Ein Karem, da Universidade Hebraica de Jerusalém, a nova droga é um composto de sais e metadoxina, uma variante da vitamina B6, que age sobre o sistema nervoso central e já é amplamente usada no tratamento do alcoolismo, por conseguir reduzir os níveis de álcool no sangue.
Pacientes aprovados em exame de direção
O novo composto conseguiu retardar por várias horas os efeitos do álcool sobre o cérebro, e, além disso, melhorou a coordenação motora e a atenção dos pacientes. Nos primeiros testes realizados em Jerusalém, seis pacientes foram submetidos a um jejum de dez horas, seguidos pela ingestão de 70 mililitros de álcool. Em observação durante as 12 horas seguintes, eles fizeram exames de sangue, testes de memória, provas cognitivas e passaram até mesmo por um simulador de direção. Além da baixa presença de álcool no organismo, todos mantiveram a lucidez, os reflexos e responderam positivamente a todos os estímulos motores. Ninguém apresentou efeitos colaterais ao medicamento.
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Fonte: O Globo