Duplos
Duplo em estado aparentemente normal.
Em 1845, Émile Sagée, de Dijon, era inspetora num pensionato de moças na Livônia, Rússia. Poucas semanas após o seu ingresso, vozes estranhas começaram a correr a seu respeito entre seus alunos, que asseveravam tê-la visto em lugares diversos, ao mesmo tempo. A princípio não se deu muita importância a essa tagarelice; um dia, porém, em que ela dava aula a 13 alunos, êstes viram duas Sagées, uma junto à outra; uma que escrevia na pedra, a outra, próxima, que lhe imitava os movimentos; outra vez estava no refeitório, comendo diante das educandas, e seu duplo se achava atrás, sem comer, imitando-lhe os gestos. Um dia estava na cama com um resfriado, e sua amiga, senhorita Wrangel, que lhe fazia companhia e lia um livro, vê, de repente, com espanto, o duplo de Sagée, caminhando no quarto.
Outra vez, estavam as moças reunidas numa sala, ocupadas em bordados, e viram Sagée no jardim colhendo flores, enquanto seu duplo estava numa poltrona, na sala, silencioso e imóvel. Duas moças se chegam e lhe sentiram no corpo uma consistência gasosa; ela aos poucos desapareceu.
Sagée, que estivera a princípio sonolenta, interrogada, disse que pensara na cadeira vazia, e temera que, por sua falta, as meninas fizessem muito ruído.
Depois de 18 meses, despediram-na, em vista da repetição dos fatos. Disse ela ao sair: É a 19.a vez que me mandam embora pelo mesmo motivo. (Aksakof, ob. cit., p. 498).
Autor: Cesar Lombroso
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