A idade ideal
O desenvolvimento da criança tem sido objetivo de estudo de vários espíritos comprometidos com a missão de educar há vários séculos. Depois da Idade Média, pensadores e educadores, cada um a seu modo, começaram a buscar caminhos que os ajudassem a firmar os conceitos que auxiliassem na educação do ser humano.
Nomes como Rousseau, Pestalozzi, Steiner, Piaget, Vygotsky, Skinner e outros procuraram estudar as fases do comportamento infantil para daí traçarem diretrizes que auxiliassem a compreender o universo das crianças.
Com o aprofundamento das observações feitas chegaram à conclusão que o desenvolvimento das crianças é feito por etapas. Além disso, a Doutrina Espírita nos diz que a criança é uma personalidade com experiências reencarnatórias anteriores, com individualidades próprias e momentaneamente adormecidas, que serão despertadas à medida que se desenvolvem o físico e o mental. O ser espiritual que é, emerge na fase adulta, acordado para a realidade da vida, em um novo lugar, um novo corpo, uma nova situação.
O desenvolvimento infantil se faz gradativamente. A criança se desenvolve a partir de impulsos internos, ainda que influenciada por estímulo e condições externas, cada uma de maneira peculiar, levando em conta todos esses fatores.
Não podemos olhar a questão do surgimento da mediunidade de igual forma para todas as crianças, uma vez que elas diferem entre si, seja no aspecto físico, no moral ou mesmo no espiritual. Como já dissemos, as características para esse surgimento variam de pessoa para pessoa. Lembremo-nos de que a criança é um espírito que já teve outras encarnações, trazendo impressas em seu psiquismo as marcas dessas experiências.
Por essa razão não podemos rotular ou mesmo determinar, que essa ou aquela idade são tidas como a ideal para o exercício da mediunidade.
As crianças passam por fases: desde o seu nascimento até atingir a puberdade e consequentemente a idade adulta. Cada uma dessas etapas, interligadas entre si, tem relação com o amadurecimento da criança e o consequente despertar do espírito. E a evolução do “Ser” em busca do seu aperfeiçoamento. Aliás, tudo na Terra gira em torno de um processo evolutivo.
A missão mediúnica exige por parte do médium amadurecimento e responsabilidade.
Por ainda não terem esses quesitos bem fundamentados em sua individualidade, a criança não tem, também, condições do pleno exercício da mediunidade. O trato com entidades grosseiras, voltadas para o mal, que utilizam a inteligência para enganar com artifícios e sutilezas, pode levar a criança ao desequilíbrio, deixando-a sob o comando de seus algozes.
A Doutrina Espírita vem, com seus postulados, ajudar na condução correta dos pendores mediúnicos, esclarecendo à luz do Evangelho e sob o abrigo da ciência, qual a melhor forma de tratar o assunto.
Sabemos, por experiência, que a mediunidade pode aparecer em qualquer idade, mas existem médiuns que, por sua aptidão natural, apresentam condições ao exercício da mediunidade ainda crianças ou adolescentes, fazendo-o de forma consciente e responsável. Citamos aqui o caso das garotas que auxiliaram Kardec na fase da Codificação, ou mesmo das irmãs Fox nos Estados Unidos, o nosso bondoso Chico Xavier e outros que se espalham pelo Brasil e pelo mundo.
Entretanto, a grande maioria das crianças está voltada para a fase lúdica, onde a fantasia e a realidade se confundem, onde ainda a responsabilidade não se faz tão importante, levando a encarar o fenômeno como uma brincadeira. E fundamental alertar para o perigo do exercício mediúnico, quando as condições de moralidade ainda não estão plenamente implantadas no íntimo do Ser, fator que poderá trazer consequências funestas no campo das obsessões, favorecendo o intercâmbio com entidades ainda ligadas aos domínios do mal.
Autor: Agnes Henriques
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