Perispírito - Casos de amputação
“Estando de visita a Véretz (Indreet-Loire), vi um moço maneta (braço direito), chamado Sicos, passar diante de casa. Alguns dias depois encontrei-me com a sua mãe, que me relatou o acidente de seu filho, cujo braço fora esmagado por uma engrenagem.
“O que de mais estranho há – disse-me ela – é que meu filho sente a presença de seu braço que falta, cujos dedos, afirma, pode mover à vontade.”
Eu lhe disse então: “Diga a seu filho que ele estenda seu braço faltante sobre a chama de uma vela, de modo que a chama o percorra desde o ombro até a ponta dos dedos e talvez ele venha a sentir a queimadura.”
Dois dias depois ouvi o moço chamar-me na rua para me dizer o seguinte: “Ah!, o senhor me pregou uma boa peça e me fez queimar os dedos.”
Então me explicou que estendera seu braço ausente sobre a chama da vela, fazendo com que ela o percorresse até a ponta dos dedos, e que somente neles havia sentido a queimadura, ao passo que no braço nada experimentara.
Ainda me disse que podia torcer o braço ausente à vontade, mas não completamente e só em ângulo reto, cuja figura me fez com o braço existente.
Fui então à sua casa, vendei-lhe os olhos e, agindo sobre o seu braço, ora percorrendo-o com a chama de uma vela, ora passando sobre ele a minha mão, convenci-me de que me havia dito a verdade.
Bem sei que a medicina já observou casos semelhantes, mas os atribuiu a uma causa diversa da presença do perispírito, no qual ela não acredita...”
Autor: Ernesto Bozzano
Fonte: Fenômenos de Bilocação