A propósito da intuição animal, verificada pelos fatos que narramos, extraídos dos Anais do Catolicismo, lembramos uma interessante sessão, em que o Espírito comunicante queria provar a sua identidade, tão veraz que chegou a ser reconhecida por um gato russo, muito inteligente e que havia conhecido a referida pessoa em vida.
Vamos transcrever ipsis verbis, o relato da sessão, publicado resumidamente pela Revue Spirite, de Paris.
"Freqüentemente os Espíritos, voltando em sessão, aos meios onde viveram, manifestam interesse por minudências fúteis, em aparências, e que se poderia crer longe de seus pensamentos. É assim que em Manchester se manifestou, em casa da médium Miss Morse, uma entidade, outrora familiar a casa: a de um jovem australiano, morto na Guerra do Transval. Em vida este soldado estimava muito um gato russo de propriedade da dona da casa.
O gato nunca fôra à sala durante as sessões, mas, quando se manifestou a entidade, as primeiras palavras desta foram que permitissem a presença de Tony; e acrescentou que iria procurar o gato.
De repente a mesma entidade disse: Encontrei-o, aí vem ele!
Nesse momento o gato arranhou a porta. Permitido o ingresso do gato, este saltou sobre os joelhos da médium, onde ficou até que o Espírito do soldado prevenisse o encerramento da sessão. Ditas as últimas palavras, Tony saltou ao chão e manifestou a intenção de tornar ao seu ninho, no quarto onde o amigo o fora despertar.